Hip Hop no Brasil – História da cultura Hip Hop no Brasil

Hip Hop no Brasil - História da cultura Hip Hop no Brasil

Importada dos EUA, a cultura do Hip Hop no Brasil ganhou força nos anos 80 em São Paulo. Entretanto, apesar de ser uma arte popular no país, o rap é até os dias de hoje alvo de criminalização. Saiba mais sobre ela e sua influência no Beatbox.

Início nos EUA

Na década de 70, jovens negros do Bronx, em Nova York, passaram a se reunir para fugir da violência. Afinal, a perseguição policial e social eram constantes na vida dessas pessoas, no geral moradoras dos subúrbios.

Esses encontros e confrontos deram início aos primeiros passos do Hip Hop nos EUA. Ou seja, começaram a aparecer os primeiros rappers, breakers e grafiteiros com alguns deles tomando a frente do movimento como:

  • Afrika Bambaataa;
  • Kool Herc; 
  • Public Enemy; 
  • A Tribe Called Quest;
  • Arrested Development. 

Vale ressaltar que nem todos os membros originais eram nascidos nos EUA. Assim, o Hip Hop não era apenas uma ação nacional, mas uma agitação que também envolvia imigrantes e culturas estrangeiras. 

DJ Kool Herc e sua importância no movimento

Jamaicano criado nos EUA desde criança, Kool Herc ganhou fama por liderar os bailes no Bronx. Além disso, os remixes do músico, que envolviam estender os intervalos das músicas em loops, deram início ao que seriam as batidas do Hip Hop.

Por tudo que fez, Kool Herc é considerado um dos pais do movimento. Por isso, foi representado pela Netflix tanto na série The Get Down e no documentário Hip Hop Revolution. 

Foto: O Hip Hop no Brasil influenciou outros gêneros, como o Beatbox

Como chegou o Hip Hop no Brasil?

Uma década depois de estourar nos EUA, o movimento cultural desembarcou na América do Sul. Dessa forma, a história da cultura do Hip Hop no Brasil inicia nos metrôs e galerias de São Paulo. 

Como as músicas no geral falavam sobre problemas raciais, muitos jovens negros brasileiros se reconheceram nas letras de músicas. Com isso, não só criaram interesse pelas rimas, mas também adotaram o estilo Hip Hop em suas vidas.

Nas periferias, o rap, o break e o grafite não ganharam só adeptos, mas também seus primeiros influenciadores. Assim, músicos como Thaíde e Rappin’ Hood passaram a ganhar espaço na cena junto com outros artistas como:

  • Nelson Triunfo;
  • Alex Vallauri;
  • Racionais MC’s;
  • Sabotage;

Quase todos os talentos vinham das favelas e subúrbios da cidade de São Paulo. Contudo, isso não impediu que artistas de outras regiões do Brasil conseguissem seu espaço no Hip Hop.

Repressão social contra o movimento

Famoso pelas letras com palavras de ordem, o Hip Hop começou a ganhar mais espaço nos anos 90. Mas, os artistas não eram bem recebidos por pessoas fora da sua bolha de origem. 

Por acharem o estilo de vida do Hip Hop rebelde e violento, a sociedade passou a reprimir esse tipo de cantoria. Ou seja, não era incomum os confrontos entre os artistas e as forças policiais.

O Racionais MC’s, inclusive, tem em muitas de suas músicas a repressão policial como tema. Ao mesmo tempo, o grupo de rappers também faz diversas menções sobre abordagens baseadas em preconceito racial. 

O Hip Hop no Brasil de hoje

Apesar da grande repressão nas décadas anteriores, hoje o Hip Hop é uma cultura consolidada. Assim, não é raro ver artistas da área conseguindo não só reconhecimento, mas também investimentos. 

Um exemplo é o rapper Djonga que entrou como garoto propaganda da CBF no último comercial da entidade. Contudo, isso não quer dizer que a luta pela causa social acabou. 

Muitos artistas ainda usam seus meios para expressar os problemas raciais que o país vive diariamente. Mas, diferente de antigamente, hoje eles já tem acesso a maiores públicos e maiores rendas. 

Influência no Beatbox 

O Hip Hop influencia outros gêneros musicais, como o Beatbox. Afinal, usam de suas técnicas e cultura para a expressão artística. Caso queira aprender mais sobre ele, faça uma aula com a Super Beatbox.

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